segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Vestígios de um pensamento #14

Os sonhos são sempre relativos. E nunca o que se espera deles.

Quando corro na direcção do que sempre ansiei, debato-me sempre com a dúvida do que quero e com um misto de desilusão e descontentamento. Sou o tipo de pessoa que quer sempre mais. Quero ser melhor, quero ser mais feliz, quero lutar por mais talento e com mais dedicação, por muito que quase me mate e esfole para alcançar os meus objectivos.

Os meus sonhos têm sempre de ser concretizados, é assim que eu sou. E sempre que os realizo, o que sinto é um trago amargo. Os sonhos realizados nunca são cor-de-rosa, nem têm gosto de algodão doce. Cheiram a incerteza.

Preciso de sonhos para viver. Sonhos por realizar. A esperança de que o final da linha seja gratificante.
Concretizar um sonho nunca me vai saber tão bem quanto o esperado. Vai trazer sempre uma sensação de fim, uma sensação de desamparo, a dúvida sobre o que fazer a seguir.

O meu caminho não têm de ser pautado por sonhos realizados. O que me faz feliz é a épica aventura antes de chegar ao destino. E eu, para ser feliz, tenho de ter sempre mais algo por que ansiar, pelo qual lutar. Seja amor, sucesso, dinheiro. Não importa. Não posso parar.

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