Fui assolada por uma melancolia chamada saudade.
Por uma vontade súbita de ficar aninhada no sofá contigo, de me refugiar nos teus braços e de sentir-te o aroma, na falta do perfume que quase só serve para enfeitar a tua cómoda.
De te ouvir entre os comentários que só se trocam quando a cumplicidade é grande e o silêncio da tua reserva habitual.
Quando todos à minha volta antecipam pequenas coisas, jantares e noites perdidas, eu antecipo a tua chegada. Penso na falta que me faz o teu apoio, a tua companhia, o teu jeito de expressar respeito com um beijo na testa, a forma como me fazes sentir pequena e ao mesmo tempo tão grande.
Hoje, a minha disposição devia ser de festa. Mas, como todos os dias de festa em que cá não estás, a minha disposição é incerta. De quem tem algo, mas não tem tudo. De quem te tem do outro lado da linha, mas não te pode ter do outro lado da cama.
Faltas-me sempre tu, o teu braço onde me agarrar, o teu abraço e o teu beijo para celebrar.
Vivo para o dia em que chegar a nossa vez. Quero acreditar que já não falta.
O amor pode tardar mas não falha.
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